Pus-me a pensar nas circunstâncias da vida, aqueles pensamentos mais efémeros que às vezes penso que só eu é que tenho, por serem absurdos (?). Nunca tiveram a sensação de instabilidade, ou antes uma sensação que procuram algo e esse algo foge de vocês? Não é como os desejos ou os sonhos, parece-me algo mais palpável!
Quero inteirar-me do mundo para ter a certeza que pertenço a ele. Mas continuam a existir outros mundos paralelos, os mundos de cada um de nós que estupidamente são, cada vez mais, inatingíveis. Por mais que se exponha existe sempre uma cortina. (Tenho curiosidade de ler o livro de Milan Kundera "A cortina" que está esgotado em todas as bertrand do universo e me deixa desolada) Imaginam um jogo de ping-pong em que se atira a bola e ela não regressa? O mundo é uma bola gigante!
Na verdade, sinto-me insatisfeita. A certa altura da nossa vida (será isto uma questão de idade?) exigimos um pouco mais do mundo e, por vezes, parece que o mundo não tem nada mais para nos oferecer do que a simples apatia de outrora. Já ninguém sabe gesticular?
Esforço não é, de todo, sinónimo de satisfação e que o digam as pessoas que correm uma maratona e não ganham no final. Pois! Mas eu não quero passar no mundo a correr! Quero passar bem devagar, a passo e passo, passo lento, sem rastejar, assim bem devagar para sugar dele todo o pouco que se pode apreciar. O meu mundo paralelo é seguramente grande para aguentar tudo isto e muito mais. Eu gosto quando os mundos chocam. Infelizmente não chocam mais! Mas também não procuro um prémio no final, procuro sim pequenos agregados de emoções, daqueles que nos fazem borboletas na barriga ou arrepios na pele. Haverá coisa melhor do que uma caixinha cheia de momentos?
A minha ainda nem vai a meio…
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